sábado, 24 de novembro de 2012

Entrevista com a atleta da Seleção Brasileira de Goalball Márcia Santos

Por Tadeu Casqueira Rio de Janeiro A alegria e a descontração, mesmo após o puxado treino que acabara de participar sob o comando do técnico da Seleção Brasileira de goalball Paulo Sérgio de Miranda, evidenciam a paixão que a atleta de 31 anos, Márcia Bonfim Vieira dos Santos, de Mauá, São Paulo, tem pelo esporte. Sentada na arquibancada do Ginásio do Instituto Benjamin Constant (IBC), no Rio de Janeiro, a atleta, depois de quase três horas de treinamento deixou o cansaço de lado e permaneceu na quadra para falar à CBDV sobre o amor que sente pelo goalball. Marcia atualmente joga pela Associação de Pais e Amigos e Deficientes Visuais (APADV), de São Paulo, onde esse ano ajudou a equipe a ser campeã do Regional Sudeste II, e para completar foi artilheira da competição com 18 gols. Sua presença na Seleção é indiscutível e é peça importantíssima no esquema elaborado pelo técnico Paulo. Considerada por ela mesma uma veterana no esporte, Marcia sonha que um dia as pessoas se interessem mais pela modalidade. - Meu sonho é que um dia as pessoas perguntem pelo goalball da mesma maneira que perguntam pelo futebol. “O que é o goalball?” “Como pratica?” – revelou. A atleta está concentrada com a Seleção Brasileira ao lado de mais oito meninas, no IBC desde o dia 23/07, onde ficarão até o próximo domingo, 21, quando se encerra a IV fase de treinamento, que serve como parte da preparação para os Jogos Parapanamericanos de Guadalajara, no México. O maior objetivo da Seleção no Parapan é a conquista da vaga para as Paraolimpíadas de 2012, em Londres. - O mais importante é conseguir a vaga para as Paraolimpíadas de 2012, em Londres. A gente tem que ficar na frente do México, se eles forem prata, nos temos que ser ouro. E não ficou por aí. Marcia ainda falou do início de sua carreira, como se apaixonou pelo esporte, o que o goalball representa para ela, o desenvolvimento do esporte no Brasil, Seleção Brasileira da modalidade, Paraolimpíadas de 2016, entre outros assuntos. Confira toda a entrevista da atleta Marcia Bonfim Vieira dos Santos à CBDV. Como surgiu o seu interesse pelo goalball? Comecei a praticar o esporte no ano de 2001. Esse interesse surgiu até mesmo para me ajudar na orientação e na mobilidade. Eu não andava sozinha, e esse foi um dos motivos que me fizeram procurar o goalball. É um esporte maravilhoso, serve como uma terapia para mim. Hoje não vivo sem. Eu trabalho e estudo, mas o tempo para praticar tem que ter. Queria que você me falasse um pouco sobre a sua relação com a Seleção Brasileira de Goalball. Como foi a sua primeira convocação? Minha primeira convocação para a Seleção foi em 2002, um ano depois que comecei a jogar o goalball. Algo que eu nem pensava que fosse acontecer. Eu não pensava em jogar pela Seleção. Mas não pude me apresentar (para a equipe brasileira) por problemas particulares. Em 2003 também, a mesma coisa. Até que, fui chamada de novo. E acho que não tem preço fazer parte da Seleção. Hoje em dia os atletas ganham por fazer parte, mas quando eu comecei a gente não ganhava nada. Eu participava da Seleção com o mesmo amor, a mesma dedicação. Tem algum atleta do desporto Paraolímpico que você se inspira? Qual? Eu me inspirei em dois atletas: Simone Camargo (APADV) e César Gualberto (ADEVIMAR),ambos do goalball. O que você espera para o futuro do esporte? Coisas boas. De 2004 para cá houve um crescimento muito grande. A bolsa Paraolímpica, por exemplo, ajuda muito ao atleta. Eu não tenho bolsa Paraolímpica, a minha é nacional, mas ela ajuda. Os aparelhos que uso para treinar são caros, e essa ajuda incentiva o atleta. Qual o seu maior sonho no esporte? É que um dia as pessoas perguntem pelo goalball da mesma maneira que perguntam pelo futebol. Quero que as pessoas tenham o interesse pelo esporte. “O que é o goalball?” “Como pratica?”. Eu quero que todos conheçam esse esporte que é maravilhoso. E acredito que as Paraolimpíadas aqui no Brasil (2016) vai ajudar muito. O que você acha necessário para o goalball ficar conhecido? Se o nosso esporte for mais divulgado as pessoas vão ter mais interesse. A mídia pode ajudar muito nesse processo. Qual a sua expectativa para a participação da Seleção Brasileira no Parapan de Guadalajara? Muito boa. Eu espero que o grupo continue com essa união, chegue lá e consiga a vaga para as Paraolimpíadas 2012, em Londres. Não importa ser medalha de ouro. Nós temos que ficar na frente do México (principal adversário do Brasil na disputa da vaga Paraolímpica). Se eles forem prata, nós temos que ganhar o ouro. Sobre as Paraolimpíadas de 2016 aqui no Rio de Janeiro. Qual a sua expectativa? Vai ser muito bom para o Brasil. Só vai trazer crescimento para o paradesporto brasileiro e acho que as pessoas estão começando a ver os esportes para cegos de maneira diferente. Você pretende disputar as Paraolimpíadas de 2016? Não sei se ainda vou estar jogando em 2016, já estou com 31 anos. No Canadá as atletas são mais experientes, com 37... 38 anos. Aqui no Brasil a gente procura a renovação. Estamos com três meninas novas na Seleção. Essa renovação é importante para sempre manter a Seleção forte. No fundo me dá uma dorzinha no coração, mas eu sei que elas são o nosso futuro. Eu não vou estar aqui para sempre, o esporte é passageiro na vida da gente. Eu estou tendo o meu tempo, como elas terão o tempo delas, no momento certo. Pretende continuar no esporte quando parar de jogar profissionalmente? Eu não vivo sem o esporte. Quero continuar treinando, mesmo que não seja a nível internacional. Gosto muito de academia. Eu arremesso peso, dardo e disco também. Márcia e as outras atletas da Seleção ainda terão mais duas etapas de treinamento antes dos Jogos Parapanamericanos, e a próxima fase de treinamento está prevista para começar início do mês de setembro, dia 4, no IBC.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Os deficientes visuais no Brasil

Segundo dados obtidos com a Organização Mundial da Saúde, o número de pessoas portadoras de deficiência visual no Brasil seria hoje estimado em aproximadamente 750.000 pessoas. Esse número serve apenas como base, uma vez que não existe estatística oficial sobre deficiência em nosso país. Uma pessoa cega pode ter algumas limitações, as quais poderão trazer obstáculos ao seu aproveitamento produtivo na sociedade. Grande parte destas limitações podem ser virtualmente eliminadas através de dois elementos: uma educação adaptada à sua realidade uso de tecnologia para diminuir as barreiras Existe um elemento chave que diferencia o cego brasileiro de um cego do primeiro mundo: o acesso à educação e à cultura. Isso é facilmente explicável: existe um custo adicional para a educação do cego. Por exemplo, produzir um livro em Braille é muito mais caro e difícil do que um livro comum, e assim, só são transcritos para Braille aqueles que são básicos. Jornais em Braille, nem pensar ! Felizmente isso está mudando, com a disponibilidade de tecnologia a custo baixo. Dois elementos são chave deste processo: a existência do gravador portátil e o microcomputador. O gravador, permitindo o registro e a reprodução de textos a custo baixo, foi um grande salto para o acesso à cultura. Hoje existe um grande número de "livros falados", que ampliam o horizonte cultural do cego. O microcomputador, tecnologia muito nova, amplia até um limite inimaginável as oportunidades do cego. Desta tecnologia falaremos a seguir. Tecnologia da computação a serviço do cego Desde a década de 70, foram desenvolvidos diversos equipamentos para serem acoplados aos computadores grandes, visando adaptar uma pessoa cega ao seu uso. Mesmo no Brasil, existem algumas dezenas de cegos que trabalham como analistas de sistemas e programadores, auxiliados por tais equipamentos. Esses equipamentos, entretanto, são relativamente caros, inviabilizando o seu uso amplo pela população. Para completar o quadro, hoje em dia, o computador é utilizado em virtualmente todos os tipos de trabalho. Além disso, o barateamento do preço dos componentes eletrônicos provocou sua popularização. Hoje, qualquer pessoa de classe média pode adquirir um microcomputador por um preço acessível. Atualmente, estão facilmente disponíveis no computador recursos de áudio e vídeo, numa visão tecnológica conhecida como multimídia. Para o deficiente visual, a existência desta tecnologia de baixo custo é a chave para sua utilização. Através do uso de recursos sonoros, por exemplo, um cego pode utilizar facilmente o computador, pois a maior parte de sua interação com o mundo é feita através destes meios (audição e fala). Naturalmente, a utilização do computador deve ser viabilizada através da utilização desses recursos em programas especialmente preparados. Esses programas suprem a deficiência visual através da utilização de recursos sonoros (por exemplo, oferecendo um “feed-back” sonoro das informações mostradas no vídeo). Tais programas podem ser agrupados em duas classes distintas: Programas de adaptação sonora, que possibilitam ao deficiente utilizar os programas comerciais já existentes no mercado, mesmo que esses não tenham sido preparados para falar; Programas aplicativos, similares aos que existem no mercado, mas adaptados às necessidades do deficiente. Existem muitos destes programas disponíveis no mercado, e utilizáveis em microcomputadores. Infelizmente, até este momento, estes programas tinham algumas restrições muito sérias: a maior restrição: não falavam português. custo alto: um programa de auxílio pode chegar facilmente ao custo de 1000 dólares ou mais. utilização de sintetizadores de voz caros: a fala é produzida em sintetizadores cujo preço varia de 1000 a 3000 dólares. os sistemas falam "computês": os sistemas existentes utilizam todo jargão de computação, e assim, uma pessoa só consegue dominar a ferramenta computacional após um treinamento especializado e muitas vezes demorado. O sistema DOSVOX veio para mudar este panorama. O sistema DOSVOX O Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ, situado no Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, criou o sistema DOSVOX, destinado a auxiliar os deficientes visuais a usar o computador, executando tarefas como edição de textos (com impressão comum ou Braille) leitura/audição de textos anteriormente transcritos, utilização de ferramentas de produtividade faladas (calculadora, agenda, etc), além de diversos jogos. O sistema fala através de um sintetizador de som de baixo custo, que é acoplado a um microcomputador tipo IBM-PC. O sistema DOSVOX evoluiu a partir do trabalho de Marcelo Pimentel Pinheiro, estudante de informática cego, e que desenvolveu o editor de textos do sistema. Marcelo é hoje programador do NCE, onde trabalha sob orientação acadêmica do prof. José Antonio Borges, responsável pela coordenação do projeto DOSVOX. São diversas as chaves que provocaram um sucesso extraordinário deste projeto, que hoje é utilizado por mais de 500 cegos de todo Brasil: custo muito baixo - o sistema foi industrializado e hoje é vendido por menos de 100 dólares; a tecnologia de produção é muito simples, e viável para as indústrias nacionais; o sistema fala e lê em português; o diálogo homem-máquina é feito de forma simples, removendo-se ao máximo os jargões do "computês"; o sistema obedece às restrições e características da maioria das pessoas cegas leigas; o sistema utiliza padrões internacionais de computação, e assim, o DOSVOX pode ser lido e pode ler dados e textos gerados por programas e sistemas de uso comum em informática. O projeto tem um grande impacto social pelo benefício que ele traz aos deficientes visuais, abrindo novas perspectivas de trabalho e de comunicação. O projeto é resultado do esforço de muitas pessoas, entre as quais se destacam o Eng. Diogo Fujio Takano, projetista do sintetizador de custo baixo e o analista Orlando José Rodrigues Alves (in memorium) desenvolvedor de grande parte do sistema, e Luiz Cândido Pereira Castro (in memorium), também cego, que foi o responsável pela distribuição do DOSVOX para o Brasil A tecnologia, portanto, existe no Brasil. A idéia, portanto, é torná-la disponível para a comunidade. O próximo bloco fala de como esta tecnologia pode ser aplicada aos diversos problemas

sábado, 22 de setembro de 2012

O Caminhamento Deficiente Visual ao Mercado de Trabalho

Este estudo faz um levantamento de um conjunto de diversas profissões que podem ser exercidas pelas pessoas cegas e de visão subnormal, especificando pré-requisitos e atribuições das mesmas, visando auxiliar no encaminhamento profissional do portador de deficiência visual ao mercado de trabalho; faz menção aos atuais recursos ópticos e técnicos que podem ser utilizados na facilitação do desempenho funcional do deficiente visual; obedece a objetivos específicos e princípios metodológicos e apresenta sugestões e recomendações para viabilização das propostas encaminhadas no estudo. Apresentação A dificuldade de colocação profissional, que hoje é enfrentada por uma parcela significativa de brasileiros, com relação ao deficiente visual é agravada pela infundada crença da maioria dos empregadores ao considerarem que a deficiência afeta todas as funções do indivíduo. Além disso, desconhecendo as diversas atividades possíveis de serem realizadas pelo deficiente, receiam dificuldades de integração com o grupo de trabalho, temem a ocorrência de acidentes e preocupam-se com o custo de adaptações e aquisição de equipamentos especiais. Outro fator primordial é a falta de qualificação profissional de considerável número de deficientes visuais, ocasionada pela ausência de ações voltadas para a preparação profissional dos deficientes, e pela dificuldade de acesso dos mesmos aos cursos existentes. No decorrer do tempo, as autoridades vêm se preocupando com a problemática do desemprego no que tange ao deficiente; neste contexto, o Instituto Benjamin Constant não poderia se eximir, uma vez que lhe compete, entre outras atribuições, promover o encaminhamento profissional da pessoa portadora de cegueira ou de visão subnormal e desenvolver programas de divulgação e intercâmbio de experiências e inovação na área do atendimento da pessoa deficiente visual. A partir das premissas acima, foi criado, no âmbito do Departamento Técnico-Especializado do Instituto Benjamin Constant, através da Portaria/IBC nº l39, de 27/11/95, um grupo de trabalho interdisciplinar composto de dois (02) psicólogos, um (01) assistente social e um (01) professor especializado em reabilitação, com a finalidade de proceder a um estudo voltado para a preparação e encaminhamento profissional das pessoas deficientes visuais. Na realização deste estudo, foram analisadas cerca de 440 profissões de diversos níveis de escolaridade e qualificações profissionais. Como resultado, obteve-se a indicação de 95 ocupações, compatíveis com o desempenho das pessoas deficientes visuais, bem como os respectivos pré-requisitos, a condição visual para a sua execução e a síntese das atribuições. Além destas, são apontadas diversas profissões autônomas nas áreas rural, artesanal, de produtos caseiros, industrial e comercial. São indicados cursos complementares que habilitam ao exercício profissional e à abertura do próprio negócio. Ações práticas para viabilizar a execução das propostas apresentadas são também sugeridas. Na análise das profissões foram considerados, como elemento facilitador no desempenho de funções compatíveis com a deficiência visual, os atuais recursos ópticos, técnicos e ambientais disponíveis no mercado, graças ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia. Ao realizar o presente trabalho, o grupo designado preocupou-se em congregar, em um único documento, todo um universo de informações referentes à preparação e encaminhamento profissional das pessoas deficientes visuais, objetivando oferecer aos serviços que atuam nessa área instrumento para minimizar as dificuldades encontradas, bem como esclarecer e orientar os empregadores quanto à capacidade produtiva dos deficientes visuais.

domingo, 9 de setembro de 2012

Brasil é goleado pelo Irã e se despede dos Jogos sem pódio no futebol de 7

09/09/2012 10h58 - Atualizado em 09/09/2012 11h33 Seleção luta, mas pouco ameça os rivais na disputa pelo bronze em Londres Por GLOBOESPORTE.COM Londres 2 comentários Depois de uma eliminação sofrida nas semifinais, tudo o que a seleção brasileira queria era se despedir de Londres ao menos com um bronze. Mas, com uma média de idade de 16 anos, a seleção brasileira de futebol de 7 sentiu o peso de uma decisão. Diante da forte equipe do Irã, o Brasil sequer ameaçou o gol rival e foi goleado por 5 a 0 nos Jogos Paralímpicos. Rasoul Atashafrouz e Farzad Mehri, com dois gols cada, e Bakhshi fizeram os gols do Irã na manhã deste domingo. Com o resultado, o Brasil se despede de Londres com o quarto lugar. Mateus Brasil Irã futebol de 7 (Foto: Getty Images)Contraste: Mateus lamenta derrota, enquanto iraniano comemora (Foto: Getty Images) O jogo No primeiro tempo, a seleção brasileira pouco ameaçou. Durante toda a etapa, os iranianos chegavam com muito mais frequência ao ataque, dando trabalho ao goleiro Marcão. O Brasil conseguiu suportar a pressão no início, mas, em seis minutos, os rivais praticamente definiram a partida. Rasoul Atashafrouz marcou o primeiro, em falha de marcação generalizada da equipe, aos 17. Aos 20, o Irã ampliou, com Farzad Mehri. Os iranianos chegaram ao terceiro gol três minutos depois. Depois de bola chutada na intermediária, Atashafrouz ficou livre e, debaixo da trave, precisou apenas escorar para fazer mais um. O Brasil ainda tentou uma pressão no fim do tempo, mas quase sofreu o quarto em jogada de Rastegarimobin, que, sozinho, chutou para fora. A seleção, então, foi para o intervalo longe do pódio. No retorno à Arena Riverbank, o Brasil mudou de postura. Tentou partir para o ataque, principalmente com Zeca. Os pés dos jogadores, no entanto, pareciam descalibrados. Poucos eram os chutes que ameaçavam a meta do goleiro Khazaeipirsarsbi. Até o fim do jogo, o Brasil buscou ao menos diminuir a diferença para o Irã, mas não chegou perto. Pelo contrário. Com uma marcação forte, os iranianos apostaram no contra-ataque e garantiram a vitória com um gol de Bakhshi, aos 27 minutos. Nos acréscimos, com a defesa bagunçada, Mehri fechou a tampa, com um toquinho sobre o goleiro Marcão. Depois, não havia mais o que fazer. Com a festa dos rivais, os brasileiros se despediram dos Jogos Paralímpicos de Londres longe do bronze.

sábado, 8 de setembro de 2012

Brasil domina 'carrascos', vence a França e é tricampeão no futebol de 5

.08/09/2012 13h26 - Atualizado em 08/09/2012 15h38 Ricardinho e Jefinho lideram seleção na conquista do terceiro ouro nos Jogos Por Cahê Mota Direto de Londres 78 comentáriosNo campo, a França não costuma trazer boas recordações para o futebol brasileiro em partidas decisivas. Carrascos nas Copas do Mundo de 1986, 1998 e 2006, os Bleus queriam repetir o feito nos Jogos Paralímpicos de Londres. Mas, com dois títulos nas costas, a equipe do Brasil do futebol de 5 não tremeu. Com grande atuação de Ricardinho e Jefinho, venceu os franceses por 2 a 0 e conquistou o tricampeonato da competição na tarde deste sábado. Com o título, a seleção mantém sua soberania em Jogos. Até aqui, o Brasil foi campeão nas três edições em que o futebol de 5 esteve presente nas Paralimpíadas: em Atenas 2004, Pequim 2008 e em Londres. Marquinhos, Bill e o goleiro Fábio foram os únicos que estiveram em todas as conquistas. Bill comemora o primeiro gol do Brasil na final (Foto: Reuters)O Brasil chegou, então, ao recorde de 18 medalhas de ouro nos Jogos Paralímpicos. Já são duas a mais do que nas Paralimpíadas de Pequim, em 2008. Ricardinho celebra campanha, e Jefinho já pensa na festa Presente em todos os três títulos paralímpicos, Bill foi um dos jogadores mais festejados após a conquista. Além de marcar o primeiro gol, de pênalti, o camisa 9 anulou o francês Frederic Villeroux. De estilo de jogo viril, o paraibano elogiou a postura da equipe. - Os franceses têm crescido a cada ano. Sabíamos que o jogo seria difícil. Na estreia (empate em 0 a 0 na estreia), a pegada já tinha sido dura. Nós nos reunimos e falamos que tínhamos de chegar mais forte na marcação, ter mais raça. Fizemos isso e vencemos. Já o baiano Jefinho só pensava na comemoração na volta para Salvador. Após uma participação tímida na semifinal, onde ficou a maior parte do tempo no banco por conta de uma lesão, o atacante foi decisivo ao marcar o segundo gol. saiba mais Entenda os critérios de classificação funcional nas ParalimpíadasConheça as modalidades disputadas nas Paralimpíadas- Agora, eu quero festa na Bahia. Quero música animada, um axé legal. Tenho certeza que já estão preparando para nossa chegada. A medalha é nossa. O melhor em campo, porém, foi Ricardinho. Apesar de não deixar sua marca, o camisa 10 impressionou o público inglês com arrancadas imparáveis e por pouco não fez um golaço, ao driblar todos os quatro adversários franceses e carimbar o travessão. Melhor do mundo em 2006, ele chamou a atenção para campanha perfeita do Brasil, mesmo tendo enfrentando China e Argentina (finalistas em 2004 e 2008), a Turquia e duas vezes a França. - Esperávamos que fosse difícil, como foram as últimas duas conquistas. Em 2004, foi nos pênaltis. Em 2008, fizemos o gol faltando 30 segundos. Dessa vez, conseguimos abrir 2 a 0 e os últimos minutos foram com menor risco, mas a campanha foi dificílima. A semifinal foi complicada contra a Argentina e se colocar na balança foi tão suado quanto as outras. Herói na semifinal, o goleiro Fábio, que não sofreu um só gol na competição, era um dos mais animados com a conquista. Também presente em Atenas e Pequim, ele dedicou a medalha a filha Júlia, que nasceu no último dia 20, quando a delegação brasileira já estava na Inglaterra. - Eu precisava levar essa medalha para ela. Só a conheço de foto, pela internet. O objetivo maior era levar o título, questão de gol não faz diferença. A equipe é muito forte. Sabíamos que a França era difícil, mas jogamos muito bem. Nunca vivemos do passado, treinamos cada vez mais. Isso tem feito a diferença. Bill abre o placar Com pouco mais de três minutos de jogo, Ricardinho teve a primeira grande chance de marcar. O camisa 10 ficou de frente para o gol, mas o goleiro Jonathan Grangier conseguiu evitar que o Brasil abrisse o placar em Londres. Quatro minutos depois, Villeroux deu a resposta. O craque da França driblou dois zagueiros e ficou de frente para Fábio, mas chutou para fora. Aos 10 minutos, Ricardinho fez nova grande jogada pela esquerda ao driblar dois marcadores. Mas, ao chutar, Maya conseguiu evitar que a bola fosse em direção a Grangier. O brasileiro voltou a chutar com perigo, mas o goleiro francês fez a defesa. Na sequência, o principal jogador do Brasil na partida voltou a fazer o que quis com a defesa rival, mas foi parado com falta. Na cobrança, mandou na barreira. Jogadores comemoram vitória (Foto: Reuters)Melhor jogador do mundo, Jefinho, que enfrenta dores nas pernas, também teve seu momento de brilho. Após três dribles sobre os rivais, o brasileiro chutou bem, mas a bola saiu à direita do goleiro francês. Fábio, que já havia brilhado na vitória do Brasil contra a Argentina na semifinal, voltou a aparecer bem ao defender um chute a queima-roupa de Villeroux. Aos 22, o primeiro gol. Ricardinho recebeu à frente de Grangier, e, marcado por todos os jogadores da seleção francesa, sofreu o pênalti. Na cobrança, Bill mandou a bomba e abriu o placar para o Brasil. Pouco antes do intervalo, Fábio voltou a brilhar. O Brasil estourou o limite de faltas, e a França teve a chance do empate com o tiro de oito metros. David Labarre foi para a cobrança, mas o goleiro brasileiro fez bela defesa com o pé. A defesa garantiu a vantagem da seleção, que foi com a vitória parcial para o vestiário. Jefinho amplia, e Brasil é tri O Brasil voltou para o jogo com Gledson no lugar de Jefinho. Aos 4 minutos, Ricardinho voltou a fazer boa jogada e foi parado com falta por Villeroux, que levou o amarelo. Com uma marcação certeira, o Brasil não deixava que os rivais criassem boas chances. E, ainda assim, partia para o ataque. Jefinho, que entrou durante a etapa no lugar de Ricardinho, driblou dois zagueiros e, sozinho, chutou. Grangier, no entanto, fez grande defesa para a seleção. O craque teve outra boa chance logo depois, mas Labarre fez o corte. Mas o gol não demorou a sair. Jefinho fez jogada genial pela esquerda, voltou a fazer uma fila na defesa francesa e chutou. A bola ainda tocou no zagueiro rival antes de entrar em ritmo lento: 2 x 0, e o tri cada vez mais próximo. A França pressionou até o fim, mas Fábio garantiu o resultado com defesas importantes, como no tiro de oito metros cobrado por Villeroux. Ricardinho ainda teve outra grande chance, mas mandou para fora. Nem precisava. No apito do juiz, a festa pelo terceiro ouro da seleção já estava armada.

Bailarinas cegas aprendem passos para fim de paralimpíadas pelo tato

Tá na Área 08/09/2012 13h20 - Atualizado em 08/09/2012 13h20 Quatro brasileiras vão dançar nos oito minutos finais da cerimônia de encerramento dos Jogos de Londres, no próximo domingo Por SporTV.com Londres, Inglaterra 1 comentárioDeficientes visuais, as quatro bailarinas brasileiras que vão se apresentar na cerimônia de encerramento das Paralimpíadas de Londres, no próximo domingo, aprenderam a coreografia que será dançada através do tato. Os passos não são a única dificuldade enfrentada pelas dançarinas. Reproduzir a sutil gesticulação exigida pelo balet também é um desafio. - O braço tem que ter uma leveza que eu nunca vi como era. É muito, muito difícil de adquirir - revela Mariana Guimarães. As bailarinas se guiam pelos comando de voz, palmas, e estalos de dedos da professora Fernanda Bianchini. Duas delas nasceram cegas, as outras perderam a visão durante a infância. - Eu entrei em depressão. Comecei a usar a bengala, o que é muito difícil para qualquer adolescente. O balet entrou na minha vida justamente neste momento - conta Gisele Dantas. Há 16 anos, o método de ensinar balet para meninas com deficiência visual vem sendo aprimorado por Fernanda, que também é diretora da Associação de Balet para Cegos. - Na minha primeira aula, fui ensinar um passo. Para ficar mais fácil, eu sugeri que elas imaginassem estar saltando dentro de um balde. Uma delas me perguntou o que era um balde. Nesse momento, eu percebi que precisava entrar no mundo dos deficientes visuais, entender as suas limitações, para depois apresentar o mundo da dança a eles - lembra Fernanda. O Brasil tem 90 bailarinas com deficiência visual. No entanto, apenas o quarteto formado por Mariana, Gisele, Geiza e Aldenice terá o privilégio de se apresentar para 80 mil pessoas em Londres. A festa brasileira, na qual o Rio de Janeiro receberá a bandeira paralímpica, terá oito minutos de duração e também contará com shows do grupo Paralamas do Sucesso e do cantor Carlinhos Brown.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Brasil perde para a Finlândia e fica com a medalha de prata no goalball

.07/09/2012 17h03 - Atualizado em 07/09/2012 18h20 Seleção masculina sofre goleada por 8 a 1 na decisão desta sexta-feira Por GLOBOESPORTE.COM Londres Comente agoraA seleção brasileira masculina de goalball foi surpreendida pela Finlândia na disputa pelo ouro nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012. Em final realizada nesta sexta-feira, a equipe verde-amarela perdeu por 8 a 1 e ficou com a medalha de prata no torneio. Leomon marcou o único gol do Brasil. Pelo lado finlandês, Petri (4), Jarno (3) e Erkki anotaram os gols. Seleção de goalball do Brasil garante a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos (Foto: Agência Getty)Na disputa pelo terceiro lugar, a Turquia derrotou a Lituânia por 4 a 1 e garantiu a medalha de bronze. No torneio feminino, o Japão conquistou o ouro ao vencer a China na final por 1 a 0. O bronze foi para Suécia, que derrotou a Finlândia por 5 a 1. A equipe brasileira caiu nas quartas de final para as japonesas por 2 a 0. O goalball é uma modalidade exclusiva para deficientes visuais, cujo objetivo é acertar o gol adversário e impedir que acertem o seu. Cada equipe é composta por três atletas, que exercem a função de defensores e arremessadores. Todos utilizam vendas durante as partidas e a bola possui um guizo interno. Só é permitido o arremesso rasteiro.

Brasil cai diante da Rússia e prolonga tabu paralímpico no futebol de 7

.07/09/2012 12h26 - Atualizado em 07/09/2012 14h11 Contra campeã mundial, seleção brasileira é derrotada por 3 a 1 nas semifinais das Paralimpíadas de Londres e vai disputar medalha de bronze Por Cahê Mota Direto de Londres 1 comentárioAssim como nos Jogos Olímpicos, o Brasil continua com um tabu no futebol das Paralimpíadas. Em busca da inédita medalha de ouro, a seleção de futebol de 7, para paralisados cerebrais, foi derrotada pela Rússia por 3 a 1, nesta sexta-feira, na Riberbank Arena, e deu adeus às chances de título nos Jogos de Londres. Resta agora a possibilidade de conquistar a terceira medalha na história: bronze em Sydney 2000 e prata em Atenas 2004, os brasileiros enfrentam o perdedor de Ucrânia e Irã na disputa do bronze, domingo, às 9h30m. Autor do gol do Brasil, o camisa 10 Wanderson ficou satisfeito com o desempenho da equipe e elogiou a postura dos companheiros diante de um dos favoritos ao ouro. - Estamos de parabéns. Jogamos boa parte de igual para igual com uma das melhores equipes do mundo. Não nos abalamos com o gol no início, buscamos o empate, mas infelizmente não deu para segurar no segundo tempo. Não desistimos em momento algum. Agora, é ir com tudo pelo bronze. Brasil não conseguiu superar a Rússia na semifinal (Foto: AFP)Sobre a comparação com a sina que afeta também o futebol olímpico, Wanderson sorriu, mas lembrou que no futebol de 7 a primeira missão sempre foi voltar ao pódio após oito anos, o que tornará uma conquista do bronze também saborosa. Sentimento bem diferente da prata depois da derrota para o México, em Wembley, nas Olimpíadas. - A pressão para eles é maior, claro. Representam a Seleção Brasileira principal, o foco está em cima deles. Para nós, a situação é diferente. O bronze já será um reconhecimento enorme pelo nosso esforço. Passamos por um processo de renovação de Pequim para cá. Estar no pódio vai ser maravilhoso. O jogo O Brasil começou a partida recuado, dando espaço para a Rússia, vice-campeã em Pequim, pressionar. A primeira grande chance, apesar da postura cautelosa, foi brasileira, em um chute forte de Ronaldo que acertou a trave adversária aos 14 minutos. Mas foi a seleção russa quem abriu placar, quatro minutos depois. Larionov pegou de primeira de fora da área e acertou o cantinho do gol de Marcão. saiba mais Entenda os critérios de classificação funcional nas ParalimpíadasConheça as modalidades disputadas nas ParalimpíadasMas a seleção brasileira não se intimidou. Pelo contrário. Depois do gol russo, os brasileiros cresceram na partida e foram atrás do gol de empate, que saiu aos 26. Wanderson recebeu grande lançamento na entrada da área, tabelou com Zeca e, com o gol aberto, apenas empurrou para a rede. A Rússia voltou a ficar em vantagem no placar logo no início do segundo tempo. Depois da cobrança de escanteio, Potekhin se antecipou à marcação e cabeceou para fazer 2 a 1 aos três minutos. Os russos seguiram pressionando e acertaram a trave brasileira duas vezes antes de ampliar aos 18. O Brasil saiu jogando mal, Potekhin roubou a bola e rolou para Kuligin fazer o terceiro. A seleção brasileira ainda tentou pressionar, mas parou na boa atuação do goleiro Vladislav Raretckii. No fim, o sonho de buscar o ouro havia sido adiado mais uma vez.

Herói do futebol de 5 luta contra rótulo de que ‘agarrar com cego é fácil’

.07/09/2012 15h02 - Atualizado em 07/09/2012 15h02 Destaque por defender duas penalidades na semifinal contra a Argentina, Fábio diz que atuações nem sempre são valorizadas: ‘Pensam que é moleza’ Por Cahê Mota Direto de Londres 5 comentáriosPode parecer estranho, mas um atleta sem deficiência foi o responsável por uma das vitórias mais emocionantes do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Londres. Goleiro do futebol de 5, Fábio diz que é apenas “mais um” e que “o esporte é dos cegos”. Entretanto, no duelo contra a Argentina, pelas semifinais, os flashes se voltaram para ele. Como se não bastasse a defesa sensacional em chute de Silvio Velo, que manteve o 0 a 0 nos 50 minutos de bola rolando, o paraibano parou duas cobranças dos “hermanos” e garantiu o 1 a 0 nos pênaltis. Mérito indiscutível, mas o camisa 1 admite ainda ser tratado com certo desdém. Fábio defendeu dois pênaltis e garantiu o Brasil na final do futebol de 5 (Foto: Cahe Mota / Globoesporte.com)Bicampeão paralímpico, Fábio defende a seleção de futebol de 5 há 10 anos, quando deixou o futsal. Amigo de Hulk, Marcelinho Paraíba e Fábio Bilica, todos conterrâneos de Campina Grande, o goleiro revelou que muitas pessoas ainda apontam sua profissão como fácil, uma vez que os adversários não podem enxergar. - Ainda há aquele mito: “Ah, é o goleiro dos ceguinhos, agarrar com cegos é fácil”. Infelizmente, ainda tem isso. Pensam que é moleza, mas a responsabilidade é grande. Ainda mais nas Paralimpíadas. Vestir a camisa verde e amarela não é fácil. Eu fico feliz por ajudar. Sou apenas mais um aqui, o esporte é dos cegos. Tento me manter preparado sempre e pude contribuir. O goleiro apontou as dificuldades de atuar na posição (Foto: Cahe Mota / Globoesporte.com)Fábio, por sua vez, garante que não tem vida fácil e lembra que o futebol de 5 tem suas peculiaridades. Na cobrança por pênaltis, por exemplo, a dificuldade é maior em virtude da imprevisibilidade mesmo após o jogador tocar a bola. - Tenho que sempre esperar o jogador chutar. Não tem como tentar observar o corpo ou o pé. Não dá para ler a batida. Ele pode virar o pé para um lado e a bola ir para o outro. Então, eu espero. O pênalti mal batido eu pego, o resto é mérito deles. Ricardinho: ‘Estamos passando por muitas dificuldades’ Graças as defesas de Fábio nas cobranças de Sacayan e Padilla, o Brasil encara a França na disputa pelo ouro neste sábado, às 11h45m (de Brasília). Campeão nas duas únicas edições em que a modalidade fez parte dos Jogos (Atenas-2004 e Pequim-2008), os brasileiros defendem a invencibilidade e têm em Ricardinho uma das grandes esperanças para levar o tri. Ciente de sua responsabilidade, o camisa 10 falou sobre a campanha em Londres e deixou no ar que problemas de bastidores fazem parte da realidade. - De fora as pessoas não sabem, mas temos passado por muitas dificuldades e estamos superando. São coisas que ficam mais na parte interna, algumas lesões... Posso dizer que o time é realmente de guerreiros e merece estar onde está. Todos são muito humildes. Não há soberba, arrogância... Admiro muito meus companheiros. Jefinho é um dos destaques do time brasileiro (Foto: Cahe Mota / Globoesporte.com)Melhor jogador do mundo na atualidade, o baiano Jefinho é outro destaque do Brasil. Contra a Argentina, porém, ele ficou a maior parte do tempo no banco por sentir dores nas pernas. Nada que vá atrapalhá-lo na final, garante: - Estou sentindo dores na perna que estão me incomodando durante todo campeonato. É uma dificuldade, mas estou fazendo tratamento intensivo para melhorar. Agora, é a final. Tenho que esquecer isso. Foi um sacrifício chegar, então tenho que esquecer e dar tudo dentro de quadra. Brasil e França já se enfrentaram nos Jogos de Londres e ficaram no 0 a 0 em partida válida pela primeira rodada da fase da grupos.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Brasil vence a Lituânia e briga pelo ouro contra a Finlândia no goalball

06/09/2012 17h11 - Atualizado em 06/09/2012 18h45 De virada, seleção brasileira derrota a Lituânia por 2 a 1 e vai à decisão Por GLOBOESPORTE.COM Londres Comente agoraA seleção brasileira masculina de goalball está na decisão dos Jogos Paralímpicos de Londres. De virada, a equipe verde-amarela venceu a Lituânia, nesta quinta-feira, por 2 a 1. Na disputa pelo ouro, o Brasil reencontrará a Finlândia, que derrotou a Turquia por 2 a 0 na outra semifinal. As duas seleções já se enfrentaram na primeira fase e o Brasil venceu por 6 a 5. Festa brasileira em Londres: a seleção de goalball está na final contra a Finlândia (Foto: Divulgação CPB)A Lituânia abriu o placar com Genrik Pavliukianec, mas permitiu a virada do Brasil. Artilheiro do Brasil nos Jogos, Romário empatou e Maciel fez o segundo para assegurar a classificação. No goalball, a equipe masculina do Brasil estreou em Paralimpíadas nos Jogos de Atenas-2004. Em Pequim-2008, a seleção terminou sua campanha na 11ª colocação da classificação geral. O goalball é uma modalidade exclusiva para deficientes visuais, cujo objetivo é acertar o gol adversário e impedir que acertem o seu. Cada equipe é composta por três atletas, que exercem a função de defensores e arremessadores. Todos utilizam vendas durante as partidas e a bola possui um guizo interno. Só é permitido o arremesso rasteiro.

Brasil bate Argentina nos pênaltis, vai à final e buscará o tri no futebol de 5

.06/09/2012 13h21 - Atualizado em 06/09/2012 15h38 Após 0 a 0 no tempo normal, Fábio pega duas penalidades e Bill converte a sua para levar a seleção brasileira à decisão paralímpica contra a França Por GLOBOESPORTE.COM Londres 6 comentáriosPela terceira vez consecutiva, Brasil e Argentina empataram em 0 a 0 no futebol de 5 (para deficientes visuais) em Paralimpíadas. Pela terceira vez consecutiva, a seleção brasileira vai disputar a final paralímpica. Nesta quinta-feira, pelas semifinais de Londres 2012, os brasileiros contaram com duas defesas do goleiro Fábio para vencer por 1 a 0 nos pênaltis e avançar à decisão do campeonato. O argentino Silvio Velo ainda mandou uma cobrança para fora, e Bill foi o autor do gol da vitória brasileira. Em Atenas 2004, as equipes ficaram no 0 a 0 durante o tempo normal e a prorrogação da final paralímpica, e o Brasil também levou a melhor nos pênaltis, subindo ao lugar mais alto do pódio. Quatro anos depois, em Pequim 2008, o empate aconteceu durante a primeira fase da competição, em pontos corridos. A seleção brasileira acabou avançando à final e ficando com o ouro ao derrotar a China, enquanto os argentinos tiveram que se contentar com o bronze. Brasileiro comemora classificação para a final (Foto: Bruno de Lima / CPB)Na disputa pelo ouro, o Brasil terá pela frente a França, que se classificou depois de derrotar a Espanha por 2 a 0, com dois gols de Frederic Villeroux. Atuais campeões europeus, os franceses enfrentaram a seleção brasileira na abertura das Paralimpíadas, e o confronto terminou empatado por 0 a 0. O jogo A Argentina começou o jogo partindo para cima e deu trabalho para Fábio logo no primeiro lance. Mas o Brasil respondeu rápido com jogadas de Ricardinho e Jefinho, obrigando Darío Lencina, goleiro argentino, a fazer boas defesas. Mas, depois de um início movimentado, com boas chances para os dois lados, a partida ficou mais amarada. As duas equipes passaram a marcar mais forte e as oportunidades de gol ficaram escassas. Jogo foi equilibrado no tempo normal (Reuters)A Argentina voltou melhor do intervalo e criou a melhor chance da partida com 6m31s do segundo tempo. Marcelo Panizza se livrou bem da marcação e ficou cara a cara com o goleiro, mas Fábio defendeu com o peito. Aos poucos, o Brasil foi retomando o controle do jogo, mas sem conseguir levar perigo para o gol adversário. Os argentinos ainda perderam uma boa oportunidade com Silvio Velo, sete minutos para o fim, e o confronto permaneceu no 0 a 0, indo para os pênaltis. A disputa de pênaltis começou com Fábio defendendo a cobrança de Luis Sacayan. Na sequência, Bill soltou uma pancada rasteira para colocar o Brasil na frente. A situação Argentina se complicou quando o veterano Silvio Velo, de 41 anos, chutou mal, a bola subiu muito e foi para fora. Darío Lencina defendeu a cobrança de Cássio para manter os argentinos no jogo, mas o goleiro brasileiro voltou a aparecer, parando a tentativa de Froilan Padilla para colocar a seleção na final.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Com dois de Romário, Brasil vence Bélgica e vai à semifinal no goalball

.05/09/2012 17h26 - Atualizado em 05/09/2012 17h26 Seleção brasileira supera a Bélgica por 3 a 0 e avança nas Paralimpíadas Por GLOBOESPORTE.COM Londres Comente agoraA seleção masculina de goalball garantiu vaga na semifinal das Paralimpíadas de Londres. O Brasil derrotou a Bélgica, nesta quarta-feira, por 3 a 0, com dois gols de Romário, destaque do time em quadra, e outro de Alexsander Celeste. O primeiro tempo foi bastante disputado, mas as duas equipes não conseguiram tirar o zero do placar. Na segunda etapa, a seleção brasileira deslanchou, marcou três vezes, num deles em cobrança de pênalti, e se classificou para a semifinal. O próximo adversário da equipe para o confronto da fase mata-mata do torneio, será definido ao final da partida entre Irã e Finlândia, que acontece ainda nesta quarta. A seleção feminina, por sua vez, foi eliminada após derrota para o Japão.

Brasil empata com a Ucrânia e pega a Rússia na semifinal do futebol de 7

05/09/2012 12h32 - Atualizado em 05/09/2012 12h32 Depois de sair na frente contra a campeã paralímpica, seleção brasileira cede o 1 a 1 e vai enfrentar a atual campeã mundial na próxima fase Por GLOBOESPORTE.COM Londres Comente agorasaiba mais Entenda os critérios de classificação funcional nas ParalimpíadasConheça as modalidades disputadas nas ParalimpíadasA seleção brasileira de futebol de 7 não conseguiu escapar do confronto com a Rússia, atual campeã mundial, nas semifinais da Paralimpíadas de Londres. O Brasil até saiu na frente, mas não conseguiu segurar a Ucrânia, campeã paralímpica, cedeu o empate por 1 a 1 e terminou a fase de classificação no segundo lugar do Grupo B. O Brasil abriu o placar com o meio-campo Yurig Ribeiro, que marcou aos nove minutos. O placar seguiu 1 a 0 para os brasileiro ao fim da primeira etapa, mas, aos cinco minutos do segundo tempo, Ivan Dotsenko empatou o duelo. Com o resultado, o Brasil terminar a primeira fase com duas vitórias e um empate, empatado com a Ucrânia com sete pontos, mas atrás da seleção europeia no saldo de gols (15 contra 11). As semifinais acontecem na sexta-feira, em horário ainda a ser definido. A seleção brasileira encara a Rússia, enquanto os ucranianos terão o Irã pela frente.

Seleção feminina perde para o Japão e cai nas quartas de final do goalball

05/09/2012 08h06 - Atualizado em 05/09/2012 11h38 Brasil é derrotado por 2 a 0 nesta quarta-feira e dá adeus às Paralimpíadas Por GLOBOESPORTE.COM Londres Entenda os critérios de classificação funcional nas ParalimpíadasConheça as modalidades disputadas nas ParalimpíadasA seleção brasileira feminina de goalball está fora da disputa por medalhas nas Paralimpíadas de Londres. Em confronto válido pelas quartas de final, o Brasil foi derrotado por 2 a 0 pelo Japão, na manhã desta quarta, e deu adeus à competição. Com o resultado, o Brasil termina na sétima posição das Paralimpíadas de Londres, atrás do Canadá, que ficou no quinto lugar, e da Grã-Bretanha, a sexta colocada. Os Estados Unidos aparecem na oitava colocação, com Austrália em nono, e Dinamarca em décimo. Os gols japoneses foram marcados por Masae Komiya, no primeiro tempo, e Akiko Adachi, na segunda etapa. Neusimar desperdiçou a cobrança da única penalidade a favor do Brasil. Às 15h30m (de Brasília), é a vez da seleção masculina jogar pelas quartas de final da competição. O time enfrenta a Bélgica, que tem três vitórias, um empate e uma derrota nas Paralimpíadas.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Cego mais rápido do mundo, Lucas Prado confirma favoritismo na estreia

.03/09/2012 17h54 - Atualizado em 03/09/2012 18h59 Velocista faz melhor tempo no primeiro dia dos 200m T11 e avança como favorito rumo ao bicampeonato da prova, ao lado de mais dois brasileiros Por GLOBOESPORTE.COM Londres Comente agora Ao lado de seu atleta-guia, Lucas liderou 1ª fase dos 200m T11 em Londres (Foto: Getty Images)No domingo, Terezinha Guilhermina dominou a final dos 200m T11 e conquistou sua primeira medalha de ouro nos Jogos de Londres, com direito a recorde paralímpico. Nesta segunda-feira, Lucas Prado repetiu o desempenho inspirado da compatriota e deu os primeiros passos rumo ao bicampeonato na versão masculina da prova. Em sua estreia nos Jogos Paralímpicos, o cego mais rápido do planeta liderou sua bateria e cravou o melhor tempo geral das eliminatórias (22s96), garantindo sua vaga para as semifinais, na terça-feira. O velocista mato-grossense terá a companhia de mais dois brasileiros na próxima fase da competição. O Brasil também estará representado por Felipe Gomes e Daniel Silva. Felipe, que disputou os Jogos Paralímpicos de Pequim-2008 lesionado, fez o melhor tempo da carreira (22s99) e liderou a quarta bateria, ao lado do atleta-guia Leonardo Souza Lopes. O atleta do interior do Rio de Janeiro também foi o único, além de Lucas, a correr abaixo dos 23s, e ficou com o segundo melhor tempo geral. O capixaba Daniel liderou a bateria seguinte, com 23s29, e terminou a prova com o quinto melhor tempo geral. O corredor disputou a prova ao lado do guia Heitor de Oliveira Sales. Na bateria de Lucas, que correu ao lado do atleta-guia Justino Barbosa dos Santos, o africano Ananias Shikongo, da Namíbia, chegou a ameaçar o brasileiro na primeira parte da prova, mas o recordista olímpico acelerou na reta final e defendeu o favoritismo. Vencedor de três medalhas de em Pequim, Lucas é recordista mundial dos 200m T11, com o tempo de 22s48 registrado na China. Além de Justino, o atleta é acompanhado em Londres pelo atletas-guia Laércio Alves Martins, que começou a parceria com o corredor em Pequim, após uma contusão de Justino. Entenda os critérios de classificação funcional nas Paralimpíadas Conheça as modalidades disputadas nas Paralimpíadas Lucas perdeu a visão em 2002, em decorrência de um deslocamento de rotina. Dois anos depois, o mato-grossense tentou o futebol de 5. Em 2005, foi a vez do goalball. No ano seguinte, o atleta experimentou o atletismo e se identificou com o esporte. Os resultados começaram a aparecer já no Mundial de Assen 2006, quando conquistou a prata no revezamento 4x100m. Após três medalhas de ouro nos Jogos Parapan-Americanos do Rio, em 2007, Lucas se consagrou definitivamente nas Paralimpíadas de Pequim, com medalhas de ouro nos 100m, 200m e 400m T11 e recorde mundial nas duas primeiras. No Parapan de Guadalajara, no ano passado, o velocista conquistou duas medalhas de ouro. Além das semifinais e da final dos 200m T11, nesta terça-feira, Lucas Prado disputa ainda o revezamento 4x100m T11/T13 (quarta-feira), os 400m T11 (semifinal na quinta e final na sexta) e os 100m T11 (eliminatórias na sexta, semifinais e final no sábado). Confira os atletas que avançaram às semifinais dos 200m T11: 1) Lucas Prado (BRA) e Justino Barbosa dos Santos (guia): 22s96 2) Felipe Gomes (BRA) e Leonardo Souza Lopes (guia): 22s99 3) Ananias Shikongo (NAM) e Even Tjiviju (guia): 23s02 4) José Sayovo Armando (ANG) e Nicolau Palanca (guia): 23s07 5) Daniel Silva (BRA) e Heitor de Oliveira Sales (guia): 23s29 6) Baolong Shang (CHI) e Yang Shi (guia): 23s43 7) Elchin Muradov (AZE) e Pavel Setin (guia): 23s49 8) David Brown (EUA) e Rolland Slade (guia): 23s54 9) Lei Xue (CHI) e Lin Wang (guia): 23s66 10) Gauthier Tresor Makunda (FRA) e Antoine Laneyrie (guia): 23s67 11) Arian Iznaga (CUB) e Yaseen Perez Gomez (guia): 23s77 12) Firmino Baptista (POR) e Ivo Vital (guia): 24s

Brasileiras têm vitória suada contra a Finlândia e vão às quartas no goalball

.03/09/2012 12h39 - Atualizado em 03/09/2012 12h53 Depois de abrir 4 a 1, Brasil deixa finlandesas encostarem, mas garantem a vaga na próxima fase com triunfo por 5 a 4 Por GLOBOESPORTE.COM Londres Entenda os critérios de classificação funcional nas ParalimpíadasConheça as modalidades disputadas nas ParalimpíadasA seleção brasileira feminina de goalball suou, mas conseguiu a classificação para as quartas de final das Paralimpíadas de Londres. Depois de abrir 4 a 1, o Brasil viu a Finlândia encostar, mas venceu por 5 a 4 e avançou para a próxima fase da competição. Com duas vitórias em quatro jogos, o Brasil ocupa atualmente a segunda colocação do Grupo C, atrás apenas da China, que venceu suas três partidas. No entanto, a seleção brasileira ainda pode ser ultrapassada por Grã-Bretanha e Finlândia, que têm uma vitória e um empate, e ainda jogam nesta terça-feira. As britânicas encaram a Dinamarca, enquanto as finlandesas terão pela frente as chinesas. O Brasil saiu na frente nesta segunda-feira com uma penalidade cobrada por Cláudia. Neusimar ampliou na sequência, mas a Finlândia descontou antes do intervalo. Em mais uma cobrança de penalidade, Cláudia fez o terceiro gol, e Márcia aumentou para 4 a 1, mas as finlandesas reagiram. Com menos de um minuto para o fim, diminuíram para 4 a 3, mas Neusimar respondeu para fazer 5 a 3 faltando 20 segundos. A equipe europeia ainda marcou mais um, mas já era tarde.

Brasil vence EUA por 8 a 0 no futebol de 7 e se classifica para a semifinal

.03/09/2012 06h21 - Atualizado em 03/09/2012 12h03 Com goleada, seleção chega à segunda na competição, e agora decide sua posição na classificação enfrentando a forte Ucrânia na última rodada Por GLOBOESPORTE.COM Londres, Inglaterra 8 comentáriosA seleção brasileira segue firme em sua busca pela inédita medalha de ouro no futebol de 7. Na sua segunda partida pelo grupo B, o Brasil goleou os Estados Unidos por 8 a 0 e garantiu sua classificação para as semifinais. Ronaldo Souza, Zeca, Fabinho Bordignon e Mateus Calvo marcaram dois gols cada. - Estamos com um bom time, teve muita renovação. A garotada é nova, eu tento passar a minha experiência e eles estão focados. Vamos fazer de tudo para sair daqui com essa medalha. O nosso quarto lugar em Pequim está atravessado na garganta - disse o experiente Zeca. Brasileiros comemoram um gol na vitória tranquila contra os Estados Unidos (Foto: Luciana Vermell / CPB)Esta foi a segunda vitória da equipe brasileira, que na estreia havia vencido a Grã-Bretanha por 3 a 0. Já classificado, o Brasil decide sua colocação no grupo enfrentando a Ucrânia na quarta-feira. A melhor participação do Brasil na modalidade foi em Atenas 2004, quando a equipe ficou com a medalha de prata. - A Ucrânia tem muita disciplina tática, eles jogam frio, feijão com arroz. Nós temos que ter paciência para ganhar deles. Se conseguirmos, vamos com moral para o próximo jogo - destacou Zeca. O Futebol de 7 é disputado por atletas do sexo masculino com paralisia cerebral. Foi disputado nas Paralimpíadas pela primeira vez em Nova York, em 1984. O Brasil fez sua estreia na competição em Barcelona, em 1992. As regras são da Fifa, mas há adaptações feitas pela Associação Internacional de Esporte e Recreação para Paralisados Cerebrais (CP-ISRA). O campo tem no máximo 75m x 55m, com balizas de 5m x 2m. A marca do pênalti fica a 9,20m do centro da linha de fundo. Cada time tem sete jogadores (incluindo o goleiro) e cinco reservas, distribuídos em classes de 5 a 8, conforme o grau de comprometimento físico. Durante a partida, o time deve ter em campo no máximo dois atletas da classe 8 (menos comprometidos) e, no mínimo, um da classe 5 ou 6 (mais comprometidos). O jogo dura 60 minutos, divididos em dois tempos de 30, com um intervalo de 15 minutos. Não há impedimento, e a cobrança lateral pode ser feita com apenas uma das mãos, rolando a bola no chão.

sábado, 1 de setembro de 2012

Com recorde, Terezinha Guilhermina avança às semifinais do 200m T11

.01/09/2012 08h06 - Atualizado em 01/09/2012 11h08 Brasileira sobra na pista, bate recorde paralímpico (24s89) e passa com melhor tempo. Jerusa Santos e Jhulia Karol também se classificam Por GLOBOESPORTE.COM Londres, Inglaterra Comente agorasaiba mais Entenda os critérios de classificação funcional nas ParalimpíadasConheça as modalidades disputadas nas ParalimpíadasTerezinha Guilhermina começou muito bem sua participação nas Paralimpíadas de Londres. Ao lado do atleta-guia Guilherme Santana, a brasileira confirmou seu favoritismo nos 200m T11, prova em que foi campeã em Pequim 2008. Com direito a recorde paralímpico (24s89), ela sobrou na pista do Estádio Olímpico e avançou para as semifinais da prova com o primeiro tempo. Na mesma categoria, Jerusa Santos (com Luiz Henrique Silva) se classificou com o terceiro melhor tempo, e Jhulia Karol (com Fábio Dias) foi a quarta. - Meu maior objetivo quando entro na pista é me superar, seja em baterias classificatórias, semifinais, finais. Desde campeonatos nacionais às Paralimpíadas. Sempre que corro dou o meu melhor e conquistar o recorde paralímpico nos 200m em minha primeira prova me deixou ainda mais animada para as próximas - afirmou Terezinha. Jhulia Karol também foi responsável por um momento marcante nas eliminatórias. Depois de vencer a terceira bateria com o melhor tempo de sua carreira, 27s01, a estreante em Paralimpíadas ficou visivelmente emocionada e deu um abraço em seu guia. Nos 100m T12 feminino, o Brasil também terá uma representante nas semifinais. Alice Correa venceu a primeira bateria com a melhor marca de sua carreira, com o tempo de 12s81, e avançou na décima posição. A segunda bateria dos 100m T38 feminino chegou a ser adiada depois da eliminação da alemã Tamira Slaby, que queimou a largada. Mas, quando a disputa finalmente aconteceu, a brasileira Jenifer Santos conseguiu sua classificação para a final, com o sétimo melhor tempo (14s66).
Com suas tradicionais vendas coloridas, Terezinha comemora com seu guia (Foto: Getty Images)

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Seleção feminina é goleada pela China na segunda rodada do goalball

.31/08/2012 13h30 - Atualizado em 31/08/2012 13h30 Brasil é arrasado pela equipe chinesa e é derrotado por 8 a 0 Por GLOBOESPORTE.COM Londres, Inglaterra Comente agorasaiba mais Entenda os critérios de classificação funcional nas ParalimpíadasConheça as modalidades disputadas nas ParalimpíadasA sexta-feira não foi boa para o goalball brasileiro nas Paralimpíadas de Londres. Depois da derrota da seleção masculina para a Suécia, a equipe feminina também foi derrotada e de forma arrasadora. Contra a atual vice-campeã paralímpica, as brasileiras não tiveram qualquer chance e foram goleadas por 8 a 0 (6 a 0 no primeiro tempo). O grande nome da partida foi Shasha Wang, autora de cinco dos oito gols chineses. Fengqing Chen, Shan Lin e Zhen Ju completaram o placar. O Brasil volta a jogar neste domingo, às 5h (de Brasília), contra a anfitriã Grã-Bretanha, que perdeu de 7 a 1 da China e empatou com a Finlândia por 1 a 1. A China lidera o Grupo C, com duas vitórias e 14 gols de saldo.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Conheça os atletas capixabas que estão nas Paralimpíadas de Londres

29/08/2012 15h11 - Atualizado em 29/08/2012 16h01 Recordista mundial dos 400m na classe T11, Daniel Mendes correrá também nos 200m e 100m. No Golbol, Neusimar Santos estreia na quinta Daniel tem 33 anos, é da ACPD, de Vitória, e é recordista mundial nos 400m na classe T11, prova que disputa apenas na quinta-feira da semana que vem, dia 06 de setembro (confira, mais abaixo, a programação completa dos capixabas nas Paralimpíadas). Aliás, ele só estreia em Londres 2012 na próxima segunda-feira, na prova dos 200m/T11. Daniel também disputa as provas de 100m/T11 e integra o revezamento brasileiro dos 4 x 100m T11 e T13. - Dessa vez me deram uma mordomia, porque a gente está muito bem. Estou com dois guias e o trabalho dos guias é muito importante. Se a gente vai com um guia só, é muito trabalho, muita prova. Se por acaso algum não puder correr, tem o outro para correr com a gente - revela Daniel. Já Neusimar tem 31 anos e joga pelo CEIBC, do Rio de Janeiro. No golbol, as atletas tentam marcar os gols rolando a bola com as mãos. Dentro da bola há um chocalho para que as jogadoras possam se orientar pelo som, já que não podem enxergar. - Estou me sentindo muito orgulhosa. Estou colhendo os frutos por tudo que treinei. Sempre fui muito dedicada, nunca fui de faltar aos treinos e estou colhendo esses frutos hoje - comenta Neusimar, que já entra em quadra nessa quinta-feira, a partir das 15h45 (de Brasília-DF). Neusimar Santos estreia com a seleção brasileira nesta quinta-feira (Foto: Reprodução/TV Gazeta)CONFIRA A AGENDA DOS CAPIXABAS EM LONDRES: NEUSIMAR SANTOS (Golbol) Primeira fase / Grupo C: Dinamarca x Brasil - 30 de agosto (quinta-feira) - 15h45 (sempre de Brasília-DF) Brasil x China - 31 de agosto (sexta-feira) - 12h15 Grã-Bretanha x Brasil - 02 de setembro (domingo) - 05h00 Brasil x Finlândia - 03 de setembro (segunda-feira) - 11h00

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Futebol para cegos

O futebol é o esporte mais popular do planeta. Seu caráter igualitário permitiu que ele se expandisse pelo mundo todo, de modo que hoje em dia a FIFA possui mais membros afiliados do que a própria ONU. E é natural que por ser avassalador e apaixonante atinja também as pessoas que por definição e preconceito sempre estiveram alijadas do jogo: os deficientes. Desde cedo eles foram à procura de um modo que lhes permitisse praticar o futebol. O futebol de cegos é baseado no futebol de salão ou futsal. São quatro jogadores na linha e um goleiro. No entanto, para que os deficientes visuais pudessem praticar o esporte com emoção, desenvoltura e segurança, muitas adaptações foram sendo desenvolvidas e implementadas com o passar dos anos. Assim surgiu a modalidade que hoje conhecemos como futebol de 5 (ou, em inglês, o five-a-side football). Praticado em mais de trinta países nos cinco continentes, o futebol para cegos teve sua estréia nas Paraolimpíadas em Atenas (2004), o que fez com que o esporte e seus atletas fossem pela primeira vez reconhecidos em seus países. A vitória do Brasil (a primeira medalha de ouro que o nosso futebol ganhou em Olimpíadas), reafirmou o papel do nosso país como potência também no futebol adaptado. Atualmente, são mais de cinqüenta equipes representando a quase totalidade dos estados da federação. Embora não haja uma história oficial, acredita-se que a prática do futebol entre pessoas portadoras de deficiência visual tenha começado na década de 20, nos pátios das instituições especializadas. No entanto, os praticantes enfrentavam grandes dificuldades, pois as adaptações que hoje em dia conhecemos ainda não haviam sido concebidas. Apesar deste começo arcaico, o esporte demonstrou ser bastante atrativo para os cegos, em virtude principalmente de o fenômeno futebol ser algo bastante enraizado na cultura de muitos países. No início, o futebol adaptado era um grande desafio para aqueles que o praticavam. Sem o material especializado que se encontra hoje em dia, improviso era a palavra de ordem. Não importava o tamanho da bola ou o material de que era produzida, já que para esses pioneiros o importante era conseguir uma maneira de escutá-la, marcar gols e se divertir.O futebol para cegos cresceu condicionado a pouca importância que os institutos especializados destinavam ao esporte. Havia ainda o problema de o jogo ser praticado em grandes espaços abertos. Assim, o jogo se diluía em virtude da dificuldade de orientação dos atletas. Desse modo, ficou claro que sem algumas mudanças o ritmo da partida seria quebrado. Por causa desses obstáculos – e tendo ainda em vista a preocupação com a segurança dos praticantes – optou-se pelo futebol de salão. O cenário do jogo passou a ser uma quadra que, com as devidas adaptações, trouxe mais dinamismo ao esporte, em virtude de suas dimensões reduzidas. A bola também passou por uma série de evoluções. No início, era comum que os deficientes visuais utilizassem garrafas plásticas com pedrinhas dentro, até que se percebeu que uma bola comum envolta em um saco plástico fazia barulho em seu deslocamento e permitia uma maior mobilidade dos jogadores. No entanto, esta técnica esbarrava na falta de durabilidade das sacolas.Foram feitas tentativas mais ousadas, como prender os guizos fora da bola, o quê naturalmente não deu muito certo. A bola que hoje em dia é utilizada (e que é produzida no Brasil) foi concebida na década de 80 e ainda está em processo de evolução. Em 1986, na Espanha – um dos países em que os direitos dos deficientes são mais respeitados – realizou-se o primeiro campeonato entre clubes. Levou quase uma década para que se estabelecessem competições entre seleções. Atualmente, mais de 30 países aderiram ao five a-side football, sendo que na maioria deles existem campeonatos regulares entre clubes. Desde 1997 são realizados periodicamente Campeonatos Mundiais da Modalidade. Em 2004, o futebol para cegos estreou nas Paraolimpíadas. No Brasil, a CBDV – Confederação Brasileira de Desportos para pessoas com deficiência visual – é responsável pela organização e realização dos torneios entre clubes. Por ano, disputam-se pelo menos duas competições de caráter oficial: os Campeonatos Regionais e os Brasileiros, da primeira e segunda divisões. Principais Adaptações: O futebol de 5 é praticado em quadra e com regras do futebol de salão. A única modificação espacial necessária é o que se chama de banda lateral, um conjunto de compensados de madeira de um metro e meio de altura que percorre toda a lateral da quadra. Dessa maneira, a bola só sai de jogo na linha de fundo, o quê dá ao esporte um dinamismo muito maior. Os goleiros enxergam normalmente (videntes). Mas, para evitar que influam demasiadamente na dinâmica da partida, eles têm sua área de atuação restrita a uma pequena zona retangular de 2 por5 metros, próxima ao gol. Além disso, um guia (chamador), posicionado atrás do gol adversário, orienta os jogadores de ataque de sua equipe. Vale ressaltar que os atletas que praticam esta modalidade, a exceção do goleiro e do chamador, são completamente cegos, inseridos na categoria B1(Blind One, isto é, que possuem grau de visão muito próximo ou igual a 0%). Para evitar que haja disparidade entre os atletas provocada por possíveis resíduos visuais, a regra os obriga a utilizarem o Tampão Oftalmológico, recoberto por uma venda. No entanto, o elemento mais curioso que envolve o esporte é a bola, especialmente produzida para o futebol de cegos. Ela tem a superfície recoberta por gomos dentro dos quais são acondicionados e costurados guizos de ferro. Quando a bola está em movimento, esses guizos balançam no seu interior e o som produzido orienta os atletas. Todas essas adaptações visam aproximar o futebol praticado pelos cegos daquele que é mundialmente conhecido. Com regulamento polido e elaborado, o five a-side football não é um esporte perigoso, ao contrário do que muitas pessoas imaginam. Esta é uma ideia que se dissipa rapidamente quando se presencia uma partida disputada com supervisão e estrutura adequadas. Existem choques, mas não mais que em uma partida de futebol entre videntes. A de se levar em conta que são oito jogadores completamente cegos disputando a posse de uma única bola, de modo que o contato com o rival, além de inevitável, faz parte da própria dinâmica do jogo. Regras: Baixe aqui as regras do Futsal para Cegos! Futebol para Cegos na Urece: Na Urece, os responsáveis pelo futebol de cinco são Gabriel Mayr e Fausto Penello. Gabriel trabalha com deficientes visuais há mais de dez anos. Ele é Bacharelem Educação Física pela UFRJ, Técnico em Orientação e Mobilidade formado pelo Instituto Benjamin Constant. Teve uma passagem pela seleção inglesa da modalidade, no período de um ano em que trabalhou no Royal National College for the Blind, o maior e melhor colégio para cegos do Reino Unido. Em 2008, formou–se mestre pela Universidade Católica de Leuven (Bélgica), especializando-se em desporto adaptado. Trabalhou na implementação do futebol para cegos na República Tcheca e Alemanha, além de ser um dos grandes entusiastas do futebol para mulheres cegas do mundo. Fausto Penello é Bacharelem Educação Físicapela UFRJ e trabalhou por quatro anos com as equipes do Instituto Benjamin Constant, dando aula também para a equipe infantil. TEve várias passagens pela seleção brasileira da modalidade, incluindo diversos períodos de treinamento visando as Paraolimpíadas de Beigin, nas quais o Brasil sagrou-se campeão. Tendo em seu presidente Anderson Dias, o atleta campeão paraolímpico no futebol de 5 em Atenas 2004, o caminho natural da Urece era criar uma equipe de futebol. Os Tigres de Bengala estrearam em competições oficiais em fevereiro de 2008, na Série B da Copa Brasil, disputada no Rio de Janeiro. Apesar dos desfalques (dentre os quais, o de Anderson foi o mais sentido), os meninos da Urece conquistaram o vice-campeonato, suficiente para classificar a equipe para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro. O artilheiro da equipe na competição foi o centroavante Abel Ricardo. No Campeonato Brasileiro daquele ano, a equipe sofreu muito com lesões e terminou a disputa em oitavo lugar (de doze competidores). Um ano depois, o time conseguiu o sétimo lugar, nem competição que aconteceuem Ilha Solteira(SP). Em2010 anovidade foi o argentino Lucas Rodríguez, trazido para disputar a competição pela equipe da Urece. No entanto, a equipe não resistiu à primeira fase e disputou o quadrangular contra o rebaixamento, terminando a competição na décima posição (de doze competidores), garantindo a permanência na elite do futebol para cegos. Em 2011, com dois reforços estrangeiros (os paraguaios Ricardo Villamayor e Hugo Lezcanos), a equipe superou a primeira fase, mas parou nas quartas de finais, sendo eliminada nos pênaltis e terminando a disputa com a sexta posição.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Cientistas criam aparelho que pode ajudar cegos a voltar a enxergar

Pesquisadores da Universidade de Medicina Weill Cornell, em Nova York, criaram um aparelho com uma espécie de câmera, que foi instalada diante do olho de um rato cego, que voltou a ver. Eles também decifraram os códigos da retina de macacos

Atletismo para cegos

enifer Martins representará Jaboatão nas Paraolimpíadas de Londres Atleta foi convocada pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro para a disputa da competição Divulgação AnteriorPróxima 1Foto de 1 Jaboatão dos Guararapes terá representante nos Jogos Paraolímpicos de Londres, que será realizado entre os dias 29 de Agosto a 9 de Setembro, na capital inglesa. É que o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) convocou, na última quarta-feira (20/06) a paraatleta Jenifer Martins dos Santos, 22 anos para a disputa da competição. A esportista integra a Associação de Apoio à Pessoa Portadora de Deficiência (AAPPD), de Jaboatão e, pela segunda vez, participará do evento esportivo. Em 2008, a atleta conquistou a quarta colocação na final dos 100m livres, nos jogos de Pequim. “Ela é um exemplo de esportista para todos os jaboatanenses. Desde criança, a atleta venceu barreiras, passando por dificuldades ocasionadas por problema de saúde. Superando os obstáculos, Jenifer serve de motivação para todas as pessoas que possuem a pretenção de se profissionalizar nos esportes, seja em que área for”, destacou o secretário executivo de Esportes do município, Marcus Sanchez. Experiente em grandes competições, Jenifer não escondeu a ansiedade antes da convocação. “Cada competição possui uma história, um momento diferente. Quando vi meu nome na lista, não me contive de alegria. O sentimento é de felicidade em saber que o meu trabalho está sendo reconhecido. Agora, com muito esforço, espero representar bem o meu país e conseguir medalhas”, destacou a esportista. SUPERAÇÃO Nascida de um parto complicado, a ausência de oxigenação durante o nascimento da garota causou uma paralisia cerebral permanente. Apesar de todas as dificuldades, Jenifer recebeu durante a infância incentivo dos familiares a praticar atividades esportivas, optando pelo atletismo. Atualmente, a atleta compete pela equipe jaboatanense da AAPPD/Projeto Atletismo Campeão, sendo a atual campeã e recordista do parapanamericano, na modalidade 100m e 200m.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

ACESSIBILIDADE ATITUDINAL: QUANDO SOMOS ACESSÍVEIS?

Acessibilidade Atitudinal, nada mais é que a atitude pessoal de cada indivíduo. Aparentemente é algo simples, mas como veremos no texto abaixo, ela vai além do discursso, e por isso mesmo faz a diferença entre estarmos na sociedade como cidadãos que sonos, ou à margem dela, como cidadãos sem cidadania. Como abordar um deficiente visual? É uma pergunta provocativa, mas essa é a intenção: “PROVOCAR”. Se estiver em uma sala, onde também esteja presente um deficiente visual e precisar passar um recado, uma informação ou aviso pra ele, como você o faz? A pergunta pode parecer estranha, mas tenho certeza que você parou para pensar antes de responder, digo isso por ter feito a mesma pergunta a muitas pessoas e todas, sem exceção, pararam para pensar no assunto. Imaginemos uma situação comum... O ambiente: nada mais comum que uma parada de ônibus, onde pessoas vêm e vão, vindas de todos os lugares e indo em direção à toda cidade e pelas mais diversas razões. Lá está você, esperando por seu ônibus e eis que chega aquela figura com uma bengala na mão e se posta junto às outras pessoas. O que você faz? Provavelmente se põe a observá-la, não é mesmo? O seu ônibus não chega e por isso, percebe que dois ônibus passam, e nenhum deles serve para aquela pessoa. Como soube disso? Simples: a pessoa fez sinal para os ônibus, que pararam e abriram a porta, neste momento, você ouve o deficiente fazer uma pergunta para dentro do ônibus. Você não ouviu a resposta, pois continua a uma certa distância do deficiente, a mesma em que estava quando ele chegou, mas pôde ouví-lo perfeitamente agradecendo e pôde vê-lo voltar o corpo à posição anterior. Pensa com seus botões por quê o indivíduo fez aquele movimento de corpo e chega à conclusão de que o fez para poder ouvir a resposta à sua pergunta. Bem, o que você tem de concreto até agora? Uma parada de ônibus, onde pessoas esperam por aquele que os levará ao seu destino, mas, entre elas está um deficiente visual. Estranho? Incomum? Talvez nem tanto. O estranho e incomum é a situação em si, pois aquele indivíduo não enxerga e portanto não tem como saber se o veículo que se aproxima é um ônibus, e se for, não tem como saber se aquele é o ônibus que precisa pegar. Volto a perguntar: o que você faz nessa situação: segue seu caminho ou se aproxima? Qual é a sua ATITUDE? Lembra da pergunta do título deste texto: quando é que somos acessíveis? Se para a pergunta você respondeu: me aproximo do indivíduo com o propósito de auxiliá-lo, você teve ATITUDE. A isso, nós damos o nome de ACESSIBILIDADE ATITUDINAL, ou seja, ATITUDE PESSOAL, que se traduz também como solidariedade. Essa Acessibilidade, vai além do contato eventual em que acabei de descrever, ela pode estar presente em todos os ambientes: no trabalho e em ambientes públicos, como uma parada de ônibus, um bar, uma sala de espetáculos, um restaurante, etc. Não bastasse isso ser uma questão de educação, solidariedade, ser humano e fraterno, é também uma questão de direito, pois a Lei de Acessibilidade, garante a todos que têm necessidades especiais, um tratamento digno e respeitoso. Quando em um ambiente público a acessibilidade arquitetônica não corresponde ao que a lei determina e não por uma questão de cumprimento de lei, mas para garantir aquele que precisa, ter assegurada a sua dignidade e segurança, esse ambiente precisa suprir essa lacuna com a ACESSIBILIDADE ATITUDINAL. Reforço porém, minha opinião pessoal de que essa Acessibilidade é, antes de mais nada, uma questão de educação e respeito por outro ser humano, independente dele ter ou não uma necessidade especial.

domingo, 1 de julho de 2012

Serviços de apoio para cegos e deficientes visuais

Degeneração macular associada à idade, catarata, retinopatia diabética e glaucoma são algumas das enfermidades que afetam a visão. Em alguns casos, a perda de visão decorrente dessas enfermidades é irreversível. Os Lions Clubes apoiam os portadores de deficiência visual de várias maneiras, incluindo: •Serviços educacionais •Prêmio "Lions-in-Touch" •Bolsas de estudo •Serviços profissionalizantes •Serviços recreativos •Recursos para cegos e deficientes visuais •Acessibilidade •Associações •Grupos de apoio •Pesquisa médica Serviços educacionais Desde 2003, a Escola Hadley para Cegos e o Lions Clubs International vêm trabalhando em parceria. O papel do Lions é encaminhar as pessoas que podem se beneficiar com o ensino à distância da Hadley para se inscreverem nos cursos gratuitos que a escola oferece. A Hadley é um centro educacional reconhecido internacionalmente, que atende mais de 10.000 alunos em 100 países. Ela oferece ensino à distância gratuito para: •pessoas portadoras de deficiência visual, de 14 anos ou mais; •parentes de crianças cegas e deficientes visuais; •familiares de pessoas cegas ou deficientes visuais. Os alunos da Hadley podem acessar a biblioteca Hadley-Bookshare, que coloca mais de 39.000 livros eletrônicos e 150 jornais diários ao alcance dos dedos (e ouvidos) dos cegos, onde quer que eles estejam. Os alunos da Hadley nos EUA podem se inscrever gratuitamente na Hadley-Bookshare; os de outros países recebem desconto para se inscrever. Nos EUA, a Hadley oferece um Programa de Ensino Secundário que permite ao aluno: •transferir créditos de uma escola de ensino secundário para uma escola local; •obter o certificado de conclusão do ensino secundário; •fazer cursos específicos sobre deficiência visual; •fazer cursos em mídias acessíveis; •descobrir as alegrias do aprendizado contínuo. Prêmio "Lions-in-Touch" Os Leões que recomendarem um aluno para se inscrever nos cursos da Hadley podem receber um distintivo do prêmio "Lions-in-Touch" do presidente da Escola Hadley. Para obter mais informações, entre em contato conosco. Bolsas de estudo Com frequência, organizações relacionadas à cegueira oferecem bolsas de estudos para estudantes com deficiência visual. Quando solicitados, os Lions Clubes comunitários também oferecem bolsas de estudo para estudantes locais portadores dessa deficiência. Para localizar as informações de contato de um Clube, visite a seção "Localizar um clube" neste site, ou pesquise na Web. A maioria dos Clubes têm o nome da comunidade que atendem. Serviços profissionalizantes O Lions pode ajudar na aquisição de computadores que auxiliam pessoas com deficiência visual. Conhecimentos em informática podem ajudar os portadores de deficiência visual oferecendo oportunidades de emprego. Serviços recreativos •O Lions pode oferecer assistência para aparelhos adaptados que habilitam os portadores de deficiência visual a participarem de várias atividades, incluindo: beisebol, boliche, basquete, surfe, patinação no gelo, golfe, ciclismo, caminhadas e atletismo. Em outros casos, como natação, a orientação adequada pode ajudar um portador de deficiência visual a apreciar o esporte. •Os Lions Clubes patrocinam programas de acampamentos recreativos personalizados para atender às necessidades especiais de crianças e adultos cegos ou deficientes visuais. Recursos para cegos e deficientes visuais •Para aumentar a mobilidade independente, muitos cegos e deficientes visuais utilizam uma bengala branca. Escolas para cegos oferecem treinamento para a utilização de bengalas brancas. Os Lions Clubes podem dar apoio doando fundos para centros de reabilitação de cegos onde os professores ensinam habilidades de orientação e mobilidade. O Lions também pode oferecer assistência individual para custos de viagens e outras atividades relacionadas à participação em um programa de treinamento. •Cães-guia são outra opção para melhorar a mobilidade. O Lions geralmente oferece auxílio financeiro e de voluntários para muitas escolas de treinamento de cães-guia e cães de serviço. O Lions Clubs International não patrocina nenhuma instituição privada de adestramento de cães-alerta. As informações sobre instituições de cães-alerta são reunidas e compartilhadas com os Leões e com o público em geral. •Mediante solicitação, os Lions Clubes podem ajudar com a aquisição de dispositivos que auxiliam nas atividades cotidianas de pessoas com deficiências visuais. Entre os muitos produtos oferecidos pelos fabricantes estão: ampliadores, relógios de pulso com visor grande, relógios falantes, bolas esportivas com bipe, livros em braile, kits de costura, aparelhos domésticos e outros. •Os Leões também podem ajudar na aquisição de aparelhos de auxílio em braille para uso com computadores e outras tecnologias relacionadas. Veja mais informações sobre braille e uma lista de cursos de braille disponíveis na Hadley. Acessibilidade Em cooperação com autoridades locais, os Lions Clubes frequentemente ajudam a melhorar acessos públicos para deficientes visuais. Isso inclui: calçadas bem niveladas, calçadas com rampas de acesso para cadeiras de roda, sinais de trânsito com avisos sonoros (bipes) para pedestres, trilhas de caminhada marcadas em braile. O Lions também participa da criação de serviços de transporte em comunidades que não contam com transporte acessível. Associações Governos, organizações beneficentes e grupos religiosos estão entre as entidades que defendem os deficientes visuais. Os Lions Clubes sempre fazem doações, em dinheiro e tempo de trabalho voluntário, para associações dedicadas aos deficientes visuais. Os serviços oferecidos são: orientação, treinamento, programas e equipamentos para pessoas com visão subnormal, serviços médicos, recreação e reabilitação. Grupos de apoio Hospitais, clínicas, instituições de saúde mental e centros de idosos geralmente organizam grupos de autoajuda para portadores de deficiências visuais ou seus familiares. Os Leões oferecem voluntariamente seu tempo para ajudar a organizar e dar apoio contínuo aos grupos de autoajuda. Pesquisa médica Diversos Lions Clubes financiam pesquisas médicas feitas em universidades, hospitais e instituições privadas locais. Alguns Lions Clubes ou distritos oferecem apoio contínuo para pesquisas médicas, por meio do patrocínio de bolsas de estudos para pesquisas na área de oftalmologia. Para obter mais informações entre em contato programs@lionsclubs.org